quinta-feira, 1 de março de 2012

História do Mercado Central




    Antigamente em Belo Horizonte havia duas feiras: a feira da praça da estação e a feira da praça da atual rodoviária. Assim, percebendo o grande movimento que existia nessas feiras o prefeito Cristiano Machado reuniu os feirantes num terreno de 22 lotes, próximo a Praça Raul Soares, centralizando o comercio da cidade. As barracas de madeira se enfileiravam nos 14.000 m² do terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos.
    O então Mercado Central de Belo Horizonte, com sua intensa atividade comercial, funcionou até 1964, quando o então prefeito Jorge Carone resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para impedir o fechamento do mercado, os comerciantes do local se organizaram liderados pelo Dico, como era conhecido o Sr. Raimundo Pereira Lima e criaram a cooperativa para comprar o imóvel da prefeitura. No entanto, teriam que construir um galpão coberto na área total do terreno em cinco anos. Se não conseguissem, teriam que devolver a área à prefeitura.
    A quinze dias do prazo dado pela prefeitura ainda faltava o fechamento do galpão. Foi então que os irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, fundadores do Banco Mercantil do Brasil, decidiram acreditar no empreendimento e investiram no projeto, financiando a construção. Assim foram contratadas quatro construtoras, cada uma responsável por uma lateral. Ao fim de quinze dias, os 14.000m² de terreno estavam totalmente fechados.
    Assim, bem organizado e com participação ativa dos comerciantes, o Mercado, a cada dia, ampliava suas atividades, expandia seus negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato e comida típica.



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