Antigamente em Belo Horizonte havia duas feiras: a feira da praça da
estação e a feira da praça da atual rodoviária. Assim, percebendo o grande
movimento que existia nessas feiras o prefeito Cristiano Machado reuniu os
feirantes num terreno de 22 lotes, próximo a Praça Raul Soares, centralizando o
comercio da cidade. As barracas de madeira se enfileiravam nos 14.000 m² do
terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos.
O então Mercado Central de Belo Horizonte, com sua intensa
atividade comercial, funcionou até 1964, quando o então prefeito Jorge Carone
resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira.
Para impedir o fechamento do mercado, os comerciantes do local se organizaram
liderados pelo Dico, como era conhecido o Sr. Raimundo Pereira Lima e criaram a
cooperativa para comprar o imóvel da prefeitura. No entanto, teriam que construir
um galpão coberto na área total do terreno em cinco anos. Se não conseguissem,
teriam que devolver a área à prefeitura.
A quinze dias do prazo dado pela prefeitura ainda faltava o fechamento
do galpão. Foi então que os irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo,
fundadores do Banco Mercantil do Brasil, decidiram acreditar no empreendimento
e investiram no projeto, financiando a construção. Assim foram contratadas
quatro construtoras, cada uma responsável por uma lateral. Ao fim de quinze
dias, os 14.000m² de terreno estavam totalmente fechados.
Assim, bem organizado e com participação ativa dos
comerciantes, o Mercado, a cada dia, ampliava suas atividades, expandia seus
negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas
também de artesanato e comida típica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário